SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)-Um grupo de artistas e membros de movimentos sociais limparam e restauraram a escória Marielle Franco, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na manhã deste sábado (31).
O local, com pintura em homenagem à vereadora carioca, assassinado em março de 2018, foi picado na madrugada de sexta (30) com as frases “Viva Borba Gato”, além dos números “666”, que se referia a grupos neonazistas. No mesmo dia, um monumento a Carlos Marighella, líder da ALN (Ação Libertadora Nacional) na luta armada contra a ditadura militar, amanheceu coberta de tinta vermelha.
Os artistas retiraram a tinta vermelha do painel em homenagem a Marielle e restauraram a pintura com o rosto da vereadora.
” Vamos arrumar e encarar os ataques ao legado de Marielle quantas vezes forem necessárias. Se eles querem destruição da imagem e das lutas dela, nós respondemos com construção, ” disse, nas redes sociais, Carolina Iara, co-vereadora da Bancada Feminista do Psol em São Paulo. Ela foi uma das que organizaram a restauração do local.
A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Cultura, já havia informado que destinará recursos do MAR (Museu de Arte de Rua) para a restauração do painel instalado na escadaria, com o rosto de Marielle. A obra de arte é do artista Raulzito.
Os dois ataques desta sexta-feira ocorreram dias depois de um grupo incendiar a estátua de Borba Gato, no bairro Santo Amaro, zona sul da capital da capital. Mas há grande diferença entre os alvos. Marighella e Borba Gato atribuem a si próprios crimes diversos, entre os quais assassinatos, enquanto Marielle Franco defendia causas de minorias e denunciava abusos policiais.