A Anistia Internacional apontou, em reunião nesta segunda-feira (14), que os trabalhadores de serviços na Copa do Mundo do Catar, marcada para começar em 21 de novembro de 2022, estão sofrendo abusos trabalhistas. Uma petição com mais de 280 mil assinaturas, de acordo com o ge.globo, foi enviada à Fifa com um pedido para resolver a situação. 

 

A reunião ocorreu em Zurique, na Suíça, e o saldo apontou riscos para trabalhadores imigrantes nos setores de serviços e hospitalidade, como funcionários de hotéis, garçons, motoristas de táxis, faxineiros e seguranças, tanto em locais credenciados para a Copa do Mundo como naqueles não credenciados.

 

"Como organizadora da Copa do Mundo, a Fifa tem a responsabilidade de acordo com os padrões internacionais de mitigar os riscos de direitos humanos decorrentes da Copa do Mundo e deve implementar um plano de ação robusto para garantir que os trabalhadores migrantes em todos os setores associados à Copa sejam pagos adequadamente, tratados de forma justa e livres do controle de empregadores exploradores", disse a representante da equipe de direitos para trabalhadores migrantes da Anistia Internacional, Laith Abu Zeyad, ao ge.globo. 

 

A Anistia Internacional pede que a Fifa assuma a responsabilidade de remediar os danos sofridos pelos trabalhadores, em conjunto com o Comitê Organizador da Copa. 

 

Entre os problemas encontrados, estão meses de salários atrasados, proibição de trocar de emprego e a impossibilidade de formar sindicatos para lutar por direitos. Também existe suspeita em relação a mortes de trabalhadores aparentemente saudáveis sem investigação apropriada ou compensação para as famílias. 

 

Este não é o primeiro alerta feito pela Anistia Internacional. Em 2021, a ONG revelou, em relatório, que progressos no mercado de trabalho no Catar ficaram estagnados. 

Fonte: www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/61375-anistia-internacional-aponta-riscos-para-trabalhadores-da-copa-do-mundo-do-catar.html