Foto: Afonso Braga/CMSP Minutos Antes da sessão, vereadores receberam habeas corpus dos depoimentos e a informação de que os médicos desejavam ser interrogados de forma virtual; depoimentos são remarcados para o dia 11 4 de novembro de 2021 | 21:45

Médicos do Prevent Senior não compareceram à CPI da Câmara de SP e transmitam a condição de investigados

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Prevent Senior da Prefeitura de São Paulo mudou a convocação de quatro médicos da operadora que deveriam prestar depoimento nesta quinta-feira, 2. Eles passaram a condição de investigados e será obrigada a comparecer para depor no próximo dia 11.

A oitiva estava prevista para esta manhã, mas a sessão foi agendada para esta manhã, mas a sessão foi cancelada após o colegiado ter sido informado de que os médicos pretendiam depor de forma virtual.

A comissão pretendia ouvir os médicos Sérgio Antonio Dias da Silveira, Rodrigo Barbosa Esper, Daniella Cabral de Freitas, Rafael Souza da Silva e Carla Morales Guerra. Os dois primeiros assinaram o protocolo Manejo Clínico Covid-19 e os demais são ou foram responsáveis pela pesquisa científica feita pela operadora.

No início da sessão, a CPI recebeu um habeas corpus deferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em favor de quatro médicos do Prevent Senior-Silveira, Esper, Souza e Daniella Cabral. No arquivamento, os depoimentos alegaram “ameaça de constrangimento ilegal” em razão do convite para prestar depoimento e alegaram ser tratados como investigados, reivindicando o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-los.

A convocação obriga o depoente a aparecer, contrariando o convite, mas libera a pessoa de jurar contar apenas a verdade. Todo testemunho é provocado a fazer tal juramento.

O presidente da CPI, Antonio Donato (PT), afirmou que o habeas corpus era desnecessário, já que o único investigado, até aquele momento, era o próprio Prevent Senior. O vereador destacou ainda que o convite seria uma oportunidade para os médicos apresentarem suas próprias versões sobre os eventos. “O que estamos oferecendo [a esses médicos] é o direito ao contraditório”, disse.

Uma quinta convocação, a médica Carla Morales Guerra, também não compareceu à oitiva, mas enviou seu advogado para representá-la, alegando que não mora mais na cidade de São Paulo. Ela disse que estava disponível para comparecer à CPI em uma data agendada anteriormente. Carla não está mais no quadro do funcionário do Prevent e foi a única só convidada novamente a depor, não convocada.

Por meio de nota, Prevent Senior alegou que o depoimento virtual dos médicos fora da CPI e que os profissionais estavam à disposição para depor virtualmente com links enviados pela Casa. A empresa relatou que permanece à disposição das autoridades para colaborar com investigações técnicas “que vão repor a verdade dos fatos”.

Em nota, Donato afirmou que a assessoria da CPI enviou, sim, o link da sessão, que tem a participação de vereadores de forma híbrida, da CPI por e-mail. Entretanto, tal submissão não invalida as informações presentes no pedido que o convite aos médicos foi presencial.

A CPI investiga a atuação da empresa Prevent Senior na capital paulista e apura as denúncias de possíveis subrelatórios do número de casos de contaminação e morte por Covid-19 pelo portador de saúde.

Prevent Senior também foi investigado pela CPI do Covid, no Senado Federal. No relatório final da comissão, os donos da empresa Eduardo Parrillo e Fernando Parrillo foram indiciados junto com o diretor executivo Pedro Benedito Júnior Baptista e mais 8 médicos da operadora.

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Fonte: politicalivre.com.br/2021/11/medicos-da-prevent-senior-nao-comparecem-a-cpi-da-camara-de-sp-e-passam-a-condicao-de-investigados

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